quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Cantatas De Um Mendigo

Cantatas De Um Mendigo







Onde nasci e cresci

Ostentam galardões em noites de Óscares secretos

Na qual carrego em meus tristes ombros a cruz

Amarelada de um ar seco



Renunciam a minha sobrevivência, por ser confundido

Em poeta e não pertencer ao clube diabólico

Da formalidade nocturna onde projectam-me

De olhos vendados



De madrugada partem gritos dormentes nas

Estrelas, as suprimidas varrem as ruas vendendo

O troco de uma herança desajustada,

As noites são tristes! Na companhia de ratos e

Guitarras de latas velhas que, fazem do serão o iniciar

De um gesto para uma nova canção



Ouvimos gritos sofridos de um perfume proibido



Nas ruas do meu cordão umbilical reencontro a

Desgraça antecipada e anunciada pelos deuses

A verdade histórica na sensatez de bem adornar os

Caprichos verbais de uma plateia-mosca

Uniformizadas para aplaudir a dor e a nudez

Desses animais



Damos lugar aos deuses e aos magos, estas ruas são nossas

Damos lugar a quem nos aborrece, esta terra é de todos

E também daqueles que nos esquecem,



Onde nascemos e morremos!

Embrulhando A Duvida, Em Cada Conto Oculto



Embrulhando A Duvida, Em Cada Conto Oculto





Das ruas trilham as pegadas no exercício deste altar,

Da estação à lua, o sol está rodeado de espinhos, onde

Se observam as tangas da utopia e, a façanha negra,

Eu aqui, embrulhando a dúvida em cada conto oculto



A mastigar unhas nas barbas de cépticos profetas,



Num canto amarrado de mim mesmo e

Na voz desesperada onde apenas mudam

os compassos, ensaiando a morte desse

canto letárgico nas reuniões peludas,

Onde os solilóquios e os mudos encontram-se



Cantando em uníssono o verbo da reencarnação!!!



Oh! Juventude atrofiada; envenenada pelos assobios

Sou eu passado, já não recordas dos jogos?

Ouvi que pintar já não é novidade, com este teu olhar sereno e

Misterioso;



Procuram-te nas interrogações

Afirmo preocupado e não vejo discernimento;

Soluças… e encontro a sua felicidade na anarquia

De muitas vitorias, onde a estação do consumo

É fiel aos teus irmãos, e os discursos enrolados

A calmam o culto profano das barbas

Dos seus ancestrais;